sexta-feira, 3 de junho de 2016

Of course, but maybe?

Serei má pessoa por ter mixed feelings em relação a esta nova lei sobre prioridade obrigatória para grupos vulneráveis? Não questiono que efectivamente grupos vulneráveis devam ter prioridade, mas por vezes uma pessoa vulnerável pode ser um diabético ou alguém com um ataque de ansiedade.

Não deveríamos ser empáticos o suficiente para perceber a vulnerabilidade no outro, independentemente de? Ou isto é demasiado utópico? Por outro, será que todos os idosos e todas as grávidas são indiscutivelmente vulneráveis? Tão vulneráveis que passam a ter prioridade para mesa num restaurante?

(e nem quero entrar na questão da deficiência, que me parece ainda mais difícil de definir. Serão os deficientes cognitivos? Ou só motores? Um surdo, já é deficiente? E um esquizofrénico, é deficiente o suficiente?)

2 comentários:

  1. Se considero da mais básica educação e bom senso dar prioridade de atendimento a grávidas e idosos, ou deficientes, impor prioridade de atendimento em todas as situações só não gerará uma confusão dos diabos se também houver bom senso. E não há, porque ele há gente muito abusadora. E já prevejo granéis dos diabos.

    No seu xervixo, que é privado, mate dá prioridade sempre que aparece uma grávida, ou alguém com um bebé ou seja pessoa visivelmente vulnerável. Já teve que levar com a fúria de outros, mas ele caga e faz o que acha correcto. Bless him.

    Mas agora imaginemos um restaurante onde normalmente vamos, que tem muitas famílias freguesas, e onde normalmente há fila ou lista de espera a partir ali da uma e picos (a gente dá o nome e espera, conforme vão vagando mesas). Existe um espaço de espera, onde as pessoas podem aguardar sentadas. Não é raro estar lá uma grávida, famílias com miúdos pequenos, e idosos. Vai ser a confusão total, pá. E o restaurante vai ter de cumprir a lei e gerir os conflitos que inevitavelmente vão surgir. Já imagino o corrupio ao livro de reclamações, quando um grupo achar que deve sentar-se à frente dos outros clientes porque têm uma grávida, ou um bebé de colo - e até podiam esperar confortavelmente.
    E se aparece um grupo de seis pessoas sendo uma delas grávida? Como se faz?

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  2. Eu concordo que se dê a prioridade a pessoas vulneráveis (grávidas, acompanhantes de crianças de colo e idosos) no atendimento em serviços públicos/privados que resultem da necessidade de resolver uma situação/assunto e incluo aqui também os hipermercados. Em restaurantes, sinceramente não acho que seja lá muito boa ideia, porque vai haver abusos e não se trata de uma situação que resulte de uma necessidade. Ninguém vai para um restaurante porque precisa, mas sim porque quer. Se quer, então sujeita-se. Lembro-me sempre da Expo 98: uma criança de 6 anos sentada num carrinho de bebé e como tinha prioridade lá entrava a mãe, o pai, a vizinha, o piriquito e mais 10 conhecidos. Nã...

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Digo eu de que: