segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Vem que o amor não é o tempo

Entrei de férias. Ouvi Mafalda Veiga num concerto e não adormeci. E bebi muita ginga em copos de chocolate (será que foi por isso?). Fomos conhecer Vila Velha de Rodão. Explicaram-nos: os pássaros que ali vivem estão protegidos (grifos e águias) mas a água onde já quase não há o peixe que eles comem está completamente poluída (pelas fábricas de papel). Aparentemente fica-lhes mais barato pagar as multas do que alterar o sistema de esgotos. Encontrámos um cão bebé abandonado. Estivemos com ele durante 3 dias e deixámos num abrigo antes que já não conseguíssemos mais viver sem ele e acrescentássemos mais uma dose de loucura à nossa vida diária. Voltámos. Dormir, comer, praia, dormir. Decidimos passar um dia na piscina. Estava tanto nevoeiro que nem se via a p*** da praia e praguejei sobre aquela praia e todas as outras da serra de sintra para a próxima década. Fomos ver o palácio e o convento de Mafra. Nhé. O mais espectacular estava fechado para visitantes (a biblioteca) onde tinham à entrada um morcego morto numa vitrine (mórbido) e sem explicarem sequer qual é a ligação entre os morcegos e a biblioteca (eu sei, mas e quem não sabe?) e de resto acumulam-se móveis, quadros e cenas várias em vitrines de uma maneira parva com legendas que não explicam coisa nenhuma, devem pensar que percebemos todos de História e gostamos de ver palácios porque não temos nada melhor para fazer. Fomos ao cinema ver um filme sobre um rapaz que se apaixona por uma luso-descendente e a única pessoa que sabia realmente falar português no filme era o Joaquim de Almeida. O filme: teve momentos muito, muito maus e momentos mesmo muito bons. E uma família portuguesa caracterizada de uma maneira completamente irreal, como costumam ser as generalizações. Fomos ver os lobos ao centro ibérico. Saí de lá meio nhé, tenho que pensar melhor nisso. Hoje voltei de férias. Quando cheguei estavam a pôr a meia haste a bandeira que nunca lá está, excepto quando alguém morre. Ontem, uma colega escorregou no Pulo do Lobo e morreu ali. Fdx, a morte é sempre estúpida, mas às vezes excede-se. Hoje: "É bom estar de volta! Pelo menos estamos de volta, certo?". Got it.


(na minha cabeça toca em non-stop a canção de engate do antónio variações. sei lá.)

2 comentários:

  1. Adoro lobos e nunca fui ao centro Ibérico.
    (Que cena estúpida essa da tua colega)
    bjs

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    1. eu tb adoro lobos e tenho o centro ali tão perto de mim e não ia lá há mais de 10 anos. eles têm visitas ao fim de semana e feriados, tens é de marcar a visita com antecedência, por email ou telefone. Depois é uma pequena caminhada (cerca de 1h30, mas com paragens pelo meio). Aproveita a embalagem e quando lá fores faz também um passeio na tapada de mafra, é mesmo ao lado.

      Acho que ela estava simplesmente no miradouro, mas escorregou e ficou num sítio inacessível, eh pá nem sei muito bem, sei que foi tão inesperado.

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